O vento carrega-me os ombros
A vela reflecte a luz quase vazia.
Dois corpos caem ao chão,
Arranhando a sensação
Que ganho sempre ao te ter.
Desejas mais que o vazio,
O mar abraça o rio,
E perpetuas o espaço,
As duas mãos, um regaço,
E um tempo só aqui.
É nestas voltas que enches o peito,
É nesta casa que voltas a ti,
É neste corpo que eu me aproveito
Que rasgo e suspeito,
Suspendo o silêncio.
E tu regressas no fundo,
Já entregue ao mundo,
Livre do empenho,
Ou do mau desempenho
E eu descanso de tudo o que se diz.
Solto a pena à sombra no muro
Porque tudo o que tenho
É o império seguro
De quando me fazes feliz.
Sem comentários:
Enviar um comentário