sábado, 30 de janeiro de 2010

Felicidade

"Atolavam-se na ilusão da felicidade que extraíam dos bens possuídos. Ora a felicidade o que é senão o calor dos actos e o contentamento da criação? Aqueles que deixam de trocar seja o que for deles próprios e recebem de outrem o alimento, nem que fosse o mais bem escolhido e o mais delicado, aqueles que ouvem subtilmente os poemas alheios sem escreverem os poemas próprios, aproveitam-se do oásis sem o vivificarem, consomem cânticos que lhes fornecem, e fazem lembrar os que se apegam às mangedouras no estábulo e, reduzidos ao papel de gado, mostram-se prontos para a escravatura. "

Antoine de Saint-Exupéry, n'A Cidadela.

Porque não há nada mais acertado do que isto. É desconfortável estar enconstado aos outros, porque vamos simplesmente ser escravos deles.

No dia em que todos compreendermos o significado do contentamento, talvez comecemos a lutar pelas coisas.
Isto foi por me teres dito que eu tive coragem. Não tive, simplesmente dou-me e recebo-te, como uma necessidade perpétua.
Simplesmente achei que se me acomodasse à tua espera, faríamos disto algo vulgar, como todos os outros que olham entre eles e dizem "Gosto de Ti". Não valeria a pena, se é que há uma pena a cumprir por algo assim.

É por esta razão que a minha liberdade me permite transmitir-te isto, e dizer-te "Gosto de Ti" todos os dias com a mesma intensidade, sem estar encostada  a uma escravidão. Estou encostada a mim própria, confortável em ti, se é que há forma de não estar feliz contigo, porque se há, eu nunca a consegui encontrar.

Porque Te Amo, acima de tudo.





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