Dizem que quem ouve demasiada música constantemente, é porque tem medo de ficar a sós com os seus próprios pensamentos.
Hoje eu quero pensar.
Dizem que a gente fala daquilo que nos enche o coração. Talvez...
Há gente que chora por ele estar cheio também.
Nunca consegui ser falsa com as pessoas, nunca consegui duvidar de alguém e não dizer, nunca consegui aguentar sem tirar as histórias a limpo. Nunca consegui engolir mentiras e digeri-las como verdades. Estar magoada e sorrir como se nada tivesse acontecido.
Bolas, quantas vezes eu tenho de dar a volta a isto, driblar letras, palavras e engoli-las, como se não fosse nada, nunca é nada.
Arrasto os pés nesta ansiedade, tu nunca sabes até onde podes ir. E depois eu acabo por te atirar à cara, que a culpa é tua, que destróis o meu mundo cada vez que bates uma porta lá em baixo, cada vez que me obrigas a descer as escadas e a suspirar por silêncio e sossego.
Hoje estou sensível, até à luz. Demasiado lúcida demasiado consciente. Pára de me culpar por uma coisa que tu própria criaste: a minha independência.
Convém que quem vive perto do abismo, saiba usar asas.
(Quanto a ti, Adoro-te, porque me fazes esquecer estas coisas todas, e fazes dizer-te ao ouvido que passava contigo a minha vida toda, e sorrir depois, porque não há nada mais verdadeiro do que isso).
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