Fado... meu vagabundo de rua
Não sei que vida é a tua que andas armado em senhor
Fado... tu gostas é de algazarra
Dum xaile, duma guitarra, das patuscadas do amor
Ser fadista... ser um fadista de raça
É enfrentar a ameaça, é uma graça que Deus nos deu
Ser fadista... é o destino que chora
Nascido na mesma hora em que o fadista nasceu
Ser fadista... é dar a mão á saudade
Que anda a chorar p'la cidade, é ser pobre com altivez
Ser fadista... é destino que se perdoa
Oração á fé de Lisboa, ser fadista é ser português
Fado... há uma voz que te chama
P'rás vielas de má fama onde o fado já morou
Fado... paras á porta da vida
Onde uma mulher perdida p'ra não chorar, te cantou
Porque o fado é a minha grande paixão, porque é absolutamente extraordinário. Porque todos os dias, aconteça o que acontecer, ele está lá para me lembrar que alguém um dia sobreviveu a barreiras bem piores do que as minhas, agarrada a ele.
Porque amo Amália, a grande mulher do nosso país, fumadora inveterada, que chegava sempre cedo aos espectáculos e bebia chá aos litros; a Amália que rezou para amar alguém e adormecia com os filmes do Fred Astaire; a Amália que gravava discos numa ou duas noites e gostava do queijo da Beira Baixa, com cheiro intenso; a Amália que nunca tirou a carta de condução e arrancava flores do jardim de outras casas; a Amália que detestava palavrões e queria ter tido uma roça em África.
Como ela própria disse pela primeira vez um dia,
"Que Estranha Forma De Vida, tem este meu coração"
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domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
Felicidade
"Atolavam-se na ilusão da felicidade que extraíam dos bens possuídos. Ora a felicidade o que é senão o calor dos actos e o contentamento da criação? Aqueles que deixam de trocar seja o que for deles próprios e recebem de outrem o alimento, nem que fosse o mais bem escolhido e o mais delicado, aqueles que ouvem subtilmente os poemas alheios sem escreverem os poemas próprios, aproveitam-se do oásis sem o vivificarem, consomem cânticos que lhes fornecem, e fazem lembrar os que se apegam às mangedouras no estábulo e, reduzidos ao papel de gado, mostram-se prontos para a escravatura. "
Antoine de Saint-Exupéry, n'A Cidadela.
Porque não há nada mais acertado do que isto. É desconfortável estar enconstado aos outros, porque vamos simplesmente ser escravos deles.
No dia em que todos compreendermos o significado do contentamento, talvez comecemos a lutar pelas coisas.
Isto foi por me teres dito que eu tive coragem. Não tive, simplesmente dou-me e recebo-te, como uma necessidade perpétua.
Simplesmente achei que se me acomodasse à tua espera, faríamos disto algo vulgar, como todos os outros que olham entre eles e dizem "Gosto de Ti". Não valeria a pena, se é que há uma pena a cumprir por algo assim.
É por esta razão que a minha liberdade me permite transmitir-te isto, e dizer-te "Gosto de Ti" todos os dias com a mesma intensidade, sem estar encostada a uma escravidão. Estou encostada a mim própria, confortável em ti, se é que há forma de não estar feliz contigo, porque se há, eu nunca a consegui encontrar.
Porque Te Amo, acima de tudo.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Dizem que quem ouve demasiada música constantemente, é porque tem medo de ficar a sós com os seus próprios pensamentos.
Hoje eu quero pensar.
Dizem que a gente fala daquilo que nos enche o coração. Talvez...
Há gente que chora por ele estar cheio também.
Nunca consegui ser falsa com as pessoas, nunca consegui duvidar de alguém e não dizer, nunca consegui aguentar sem tirar as histórias a limpo. Nunca consegui engolir mentiras e digeri-las como verdades. Estar magoada e sorrir como se nada tivesse acontecido.
Bolas, quantas vezes eu tenho de dar a volta a isto, driblar letras, palavras e engoli-las, como se não fosse nada, nunca é nada.
Arrasto os pés nesta ansiedade, tu nunca sabes até onde podes ir. E depois eu acabo por te atirar à cara, que a culpa é tua, que destróis o meu mundo cada vez que bates uma porta lá em baixo, cada vez que me obrigas a descer as escadas e a suspirar por silêncio e sossego.
Hoje estou sensível, até à luz. Demasiado lúcida demasiado consciente. Pára de me culpar por uma coisa que tu própria criaste: a minha independência.
Convém que quem vive perto do abismo, saiba usar asas.
(Quanto a ti, Adoro-te, porque me fazes esquecer estas coisas todas, e fazes dizer-te ao ouvido que passava contigo a minha vida toda, e sorrir depois, porque não há nada mais verdadeiro do que isso).
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Liberdade
Havia naquele dia um encargo especial nas mãos. A confusão que se ia gerando agitava aquela sensação que todos tínhamos quando nos diziam “Vamos partir”.
Com um ritmo mecânico, quase acompassado, o peito abria e fechava, nem mais nem menos do que aquela distância. Perdurava em nós saudade, marcava-se o desassossego nos rostos que iam preenchendo aquela manhã.
Quando o comboio partiu (para bem longe, sabíamos nós), as nossas mãos encheram-se de todo o nada que ali havia para as preencher.
O medo da distância estampava-se no rosto daqueles que, na sua inocência, se limitavam a ter medo do medo que poderiam vir a sentir. Na minha cabeça, ia-se desenhando a frase: “Quando a espera não tem fim, há distâncias sem perdão”.
Mais tarde entendi que a partida para a saudade era, todos os dias, não muito mais do que aquela serenidade do real: o único leme da liberdade que eu poderia ter. Aprendi que as pessoas não dizem o que sentem, ou não sentem o que dizem. Isto tudo porque, na verdade, a distância que ia do inspirar ao expirar do meu peito foi-se alargando com o tempo e tornou-se solta, leve.
Com o passar dos dias, a saudade foi-se embora. Apagaram-se as lágrimas, soltaram-se os risos, apertaram-se os gestos entre os inocentes. Eu, sem movimento e em silêncio, tentava que o elástico do meu peito não se alargasse. Uma espécie de vontade sem forma. Afinal, isso era negar quem sentia a minha falta para lá daquele silêncio.
Querendo ser livre, ia-se desvanecendo aquela presença, o ser que tudo o que tinha era o Amor, e a sombra da Liberdade, que nunca chegava a ter.
Ainda hoje o meu elástico tem o mesmo tamanho. Ainda hoje eu vivo da presença dele e da segurança que ele me faz alcançar.
Depois daquela viagem aprendi que ia ser livre, quando fosse capaz de dizer todos os dias “Gosto de ti”, com a mesma certeza com que o diria hoje.
Isto é sobre as minhas viagens, os meus "pra lá e pra cá", as minhas inconstâncias, as minhas inseguranças.
Porque eu nem sempre me encontro assim tão facilmente, e porque, embora as barreiras já não estejam lá, de vez em quando tropeçamos nas marcas.
Gosto De Ti.
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domingo, 24 de janeiro de 2010
Ignorância
"Foi preciso esperar até o começo do século XX para se presenciar um espectáculo incrível: o da peculiarísssima brutalidade e agressiva estupidez com que se comporta um homem quando sabe muito de uma coisa e ignora todas as demais."
A quem criticou o nosso trabalho, porque eu detesto quando as pessoas se conformam com a sua ignorância, bolas.
[Raispartómiúdo]xD
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A quem criticou o nosso trabalho, porque eu detesto quando as pessoas se conformam com a sua ignorância, bolas.
[Raispartómiúdo]xD
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"Tenta fazer esta experiência, construindo um palácio. Equipa-o com mármore, quadros, ouro, pássaros do paraíso, jardins suspensos, todo o tipo de coisas... e entra lá para dentro. Bem, pode ser que nunca mais desejasses sair daí. Talvez, de facto, nunca mais saisses de lá. Está lá tudo! "Estou muito bem aqui sozinho!". Mas, de repente - uma ninharia! O teu castelo é rodeado por muros, e é-te dito: 'Tudo isto é teu! Desfruta-o! Apenas não podes sair daqui!". Então, acredita-me, nesse mesmo instante quererás deixar esse teu paraíso e pular por cima do muro. Mais! Tudo esse luxo, toda essa plenitude, aumentará o teu sofrimento. Sentir-te-ás insultado como resultado de todo esse luxo... Sim, apenas uma coisa te falta... um pouco de liberdade."
Fiodor Dostoievski
Isto é uma passagem dO Movimento De Libertação, algo muito importante que eu li um dia. Hoje sinto-me assim, carente de liberdade, mas feliz, nada mais do que isso.
Dostoievski faz-me crescer ;)
Volto Logo
Fiodor Dostoievski
Isto é uma passagem dO Movimento De Libertação, algo muito importante que eu li um dia. Hoje sinto-me assim, carente de liberdade, mas feliz, nada mais do que isso.
Dostoievski faz-me crescer ;)
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Sabem uma coisa?
Hoje foi um dia perfeito.
Hoje mostraram-me que é possivel, hoje abri os olhos e vi que a amizade realmente existe, hoje senti-a arrumadinha aqui dentro, hoje perdi de vista tudo o que sentia, hoje fui realmente feliz...
Eu tenho os melhores amigos do Mundo.
Quando a ti, hoje desaguo na tua impotência. Hoje o meu olhar cruzou-se com o teu algumas vezes e o meu coração ressentiu-se e reclamou! Hoje a minha mão cruzou-te vezes demais, mais do que o normal. Hoje teu mundo foi o meu lugar.. Hoje alguém se chateou comigo porque tu fazes com que eu passe horas a olhar para o fogo. Hoje fizeste de mim, eu própria.
Gosto De Ti, mais do que nunca.
Nisto o mundo dá uma volta,
Nisto eu vejo um rapaz de blusão, pela rua, arrastando pela mão, a menina... E as lágrimas rasuram-me o olhar. Fico feliz. Mas estas minhas memórias pertencem-te, simplesmente.
Volto Logo
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Porque esta música diz-me tanto!
Porque é tanto de mim...
Porque tenho de escrever e não sei o quê... Porque o mar me agarra e me enleia, e quando mais próximo fico de ti mais me perco no caminho...
E amiga... Embora às vezes o tempo não o permita... Continuas aqui <3
"Leaving New York is never easy"
Porque é tanto de mim...
Porque tenho de escrever e não sei o quê... Porque o mar me agarra e me enleia, e quando mais próximo fico de ti mais me perco no caminho...
E amiga... Embora às vezes o tempo não o permita... Continuas aqui <3
"Leaving New York is never easy"
Mar
Hoje apetece-me o mar – não sei o que me aconteceu – não procuro nem encontro. Ando às voltas entre as paredes a tentar encontrar um não-sei-quê, não-sei-como. Estou demasiado lúcida, demasiado pertinente, demasiado sóbria para poder pensar. E então sento-me no chão e cruzo as pernas. É o que me resta! Divago acerca da existência de uma posição para pensar. E concluo que não preciso de nenhuma. Que a minha cabeça só anda às voltas com a minha própria cabeça. (Parem com isso dentro dela!) Que as paredes não têm culpa nenhuma, e que hoje só me apetece o mar porque me apetece alguém, que as paredes não deixam entrar. Foi mais ou menos assim que eu percebi que as minhas paredes só existem quando eu própria as edifico, quando eu sou responsável por elas. As essas, tu chamaste-las, ou eu chamei-as ou nós chamámo-las barreiras. Felizmente, a minha necessidade de evasão esbate-se com o tempo. Descruzo as pernas porque estás aqui! Hoje é um dia feliz. Hoje estas paredes sabem a mar! Hoje estas paredes não limitam o meu horizonte. Hoje, de pernas cruzadas no chão do meu quarto, pensei em ti. Hoje estiveste aqui, nevaste e cobriste-me de branco, com uma leve tendência para o azul.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Amarras-te à espada
E ao que somos quando, longe
Somos na mesma tu e eu.
Hoje,
Somos cúmplices na madrugada,
Que desenha a luz num raio de sol no céu
Assim, vamos amar em serenidade
Assim, eu chovo porque choves também
Regresso de cabeça baixa do sol
E falho, plena de felicidade
De quem ama o que não tem
Por ti sou mais e sou menos
E passo a vida a tentar.
Caio, impotente
Da forma apaixonante
Com que me fazes lutar
Talvez já menos presa à vida
E sem nada a temer
Solto as lágrimas
Levanto a cabeça
E venho do Sol, porque por hoje simplesmente
Eu vou parar de chover
Deixa-me ir até ao fim
Solta já do frio e da chuva
Que me faz adormecer
E eu entendo então que sorte é esta
Tu páras com isso dentro de mim
E adormeço sem estremecer
Com o teu dedo a fazer redondo na minha testa.
(Mais do que tudo no mundo,
Chovo quando me fazes chover
E quando me fazes amar-te assim.)
Porque nas aulas de Matemática temos de fazer alguma coisa... Inspiração não falta... Especialmente quando não me apercebo dos limites ^^
Todo teu.
Volto Logo...
E ao que somos quando, longe
Somos na mesma tu e eu.
Hoje,
Somos cúmplices na madrugada,
Que desenha a luz num raio de sol no céu
Assim, vamos amar em serenidade
Assim, eu chovo porque choves também
Regresso de cabeça baixa do sol
E falho, plena de felicidade
De quem ama o que não tem
Por ti sou mais e sou menos
E passo a vida a tentar.
Caio, impotente
Da forma apaixonante
Com que me fazes lutar
Talvez já menos presa à vida
E sem nada a temer
Solto as lágrimas
Levanto a cabeça
E venho do Sol, porque por hoje simplesmente
Eu vou parar de chover
Deixa-me ir até ao fim
Solta já do frio e da chuva
Que me faz adormecer
E eu entendo então que sorte é esta
Tu páras com isso dentro de mim
E adormeço sem estremecer
Com o teu dedo a fazer redondo na minha testa.
(Mais do que tudo no mundo,
Chovo quando me fazes chover
E quando me fazes amar-te assim.)
Porque nas aulas de Matemática temos de fazer alguma coisa... Inspiração não falta... Especialmente quando não me apercebo dos limites ^^
Todo teu.
Volto Logo...
Véu
Hoje cheguei à grande decisão.
Não se mexe nem se volta a repetir.
O fumo do cigarro da actriz rodopia no ar.
Eu, sentada do lado de lá da praça,
Quase sou capaz de o sentir.
É nesse sentimento que me ponho a pensar.
A ciência dá-me a volta à cabeça,
E por estranho que pareça,
Eu não a penso. Vou-a sentindo.
Uma espécie de metafísica,
(Como diria o poeta),
Vagueia-me no coração e não na cabeça,
Como se o poema já fosse,
Uma espécie de obra e de realização completa.
Levanto-me. Arrasto a cadeira.
Esvai-se a ciência e com ela, a certeza.
A minha substância ou matéria cai no real
E eu esforço-me,
Dando-me ao que vou sonhando (pouco de mim em mim),
Para pensar a ciência de uma forma menos sentimental.
Caio. E rio-me de mim própria.
Já me vai ficando gravada esta forma de ser feliz.
E ao longe, no chão, deixo de sentir a ciência e penso entre o fumo,
No sorriso penetrante da actriz.
Um poema que eu fiz um dia destes. Muito pouco acerca de ciência. Muito mais acerca de amor. Porque eu não sei dizer amor, por hoje, porque hoje estou inútil, dispensável, sonâmbula de tão lúcida.
E vou ficar por aqui.
Gosto De Ti.
Até Logo
Não se mexe nem se volta a repetir.
O fumo do cigarro da actriz rodopia no ar.
Eu, sentada do lado de lá da praça,
Quase sou capaz de o sentir.
É nesse sentimento que me ponho a pensar.
A ciência dá-me a volta à cabeça,
E por estranho que pareça,
Eu não a penso. Vou-a sentindo.
Uma espécie de metafísica,
(Como diria o poeta),
Vagueia-me no coração e não na cabeça,
Como se o poema já fosse,
Uma espécie de obra e de realização completa.
Levanto-me. Arrasto a cadeira.
Esvai-se a ciência e com ela, a certeza.
A minha substância ou matéria cai no real
E eu esforço-me,
Dando-me ao que vou sonhando (pouco de mim em mim),
Para pensar a ciência de uma forma menos sentimental.
Caio. E rio-me de mim própria.
Já me vai ficando gravada esta forma de ser feliz.
E ao longe, no chão, deixo de sentir a ciência e penso entre o fumo,
No sorriso penetrante da actriz.
Um poema que eu fiz um dia destes. Muito pouco acerca de ciência. Muito mais acerca de amor. Porque eu não sei dizer amor, por hoje, porque hoje estou inútil, dispensável, sonâmbula de tão lúcida.
E vou ficar por aqui.
Gosto De Ti.
Até Logo
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Cannonball
Aos meus amigos...
Porque eles são todos os melhores senão não eram meus amigos.
Para aquela amiga que está lá sempre @
Para aqueles que sabem como estou só por olhar para mim
Para os sensíveis, os insensíveis, os distraídos, os preocupados, os que têm mais que fazer, os que nunca sabem o que fazer, os que me acompanham, os que estão lá quando calha, aos que riem e choram comigo, aos que escondem o que sentem, aos que confiam, aos que desconfiam, aos que estão sempre calados, aos que falam falam falam até mais não, aos cheios, aos vazios, aos com problemas, aos felizes, aos perfeitos e aos imperfeitos, aos meus e aos teus porque Vocês fazem-me Feliz, Vocês preenchem-me!!
Amiga, tarde mais perfeita, cantorias mais perfeitas @
"Gosto de ti", da forma menos banal possível
"There's a man all alone
Telling me his friends are gone
That they've died and flown away
So I told him he was wrong
That you friends are never gone
If you look to the sky and pray"
Até Logo <3
Porque eles são todos os melhores senão não eram meus amigos.
Para aquela amiga que está lá sempre @
Para aqueles que sabem como estou só por olhar para mim
Para os sensíveis, os insensíveis, os distraídos, os preocupados, os que têm mais que fazer, os que nunca sabem o que fazer, os que me acompanham, os que estão lá quando calha, aos que riem e choram comigo, aos que escondem o que sentem, aos que confiam, aos que desconfiam, aos que estão sempre calados, aos que falam falam falam até mais não, aos cheios, aos vazios, aos com problemas, aos felizes, aos perfeitos e aos imperfeitos, aos meus e aos teus porque Vocês fazem-me Feliz, Vocês preenchem-me!!
Amiga, tarde mais perfeita, cantorias mais perfeitas @
"Gosto de ti", da forma menos banal possível
"There's a man all alone
Telling me his friends are gone
That they've died and flown away
So I told him he was wrong
That you friends are never gone
If you look to the sky and pray"
Até Logo <3
Hoje
O outro lado,
A metade do nosso mundo,
Encarrega-se de nós.
Permanece a insistência
E cai a responsabilidade
De, no final da existência
Manter uma amizade…
No entanto, quero que pares,
Que uses a minha mão
Que me peças um porquê
E que sejas parte de mim.
Que às vezes me digas que não
E que sonhes
Ou adores tudo o que há em ti!
Então se precisares, que me enterres
Mas não chores,
Mas não chores,
Aguenta e sorri!
Só para que isso doa menos
Quando o nosso mundo for melhor,
Mas bem longe daqui.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Império
O vento carrega-me os ombros
A vela reflecte a luz quase vazia.
Dois corpos caem ao chão,
Arranhando a sensação
Que ganho sempre ao te ter.
Desejas mais que o vazio,
O mar abraça o rio,
E perpetuas o espaço,
As duas mãos, um regaço,
E um tempo só aqui.
É nestas voltas que enches o peito,
É nesta casa que voltas a ti,
É neste corpo que eu me aproveito
Que rasgo e suspeito,
Suspendo o silêncio.
E tu regressas no fundo,
Já entregue ao mundo,
Livre do empenho,
Ou do mau desempenho
E eu descanso de tudo o que se diz.
Solto a pena à sombra no muro
Porque tudo o que tenho
É o império seguro
De quando me fazes feliz.
A vela reflecte a luz quase vazia.
Dois corpos caem ao chão,
Arranhando a sensação
Que ganho sempre ao te ter.
Desejas mais que o vazio,
O mar abraça o rio,
E perpetuas o espaço,
As duas mãos, um regaço,
E um tempo só aqui.
É nestas voltas que enches o peito,
É nesta casa que voltas a ti,
É neste corpo que eu me aproveito
Que rasgo e suspeito,
Suspendo o silêncio.
E tu regressas no fundo,
Já entregue ao mundo,
Livre do empenho,
Ou do mau desempenho
E eu descanso de tudo o que se diz.
Solto a pena à sombra no muro
Porque tudo o que tenho
É o império seguro
De quando me fazes feliz.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Havia naquele dia um encargo especial nas mãos. A confusão que se ia gerando agitava aquela sensação que todos tínhamos quando nos diziam “Vamos partir”.
Com um ritmo mecânico, quase acompassado, o peito abria e fechava, nem mais nem menos do que aquela distância. Perdurava em nós saudade, marcava-se o desassossego nos rostos que iam preenchendo aquela manhã.
Quando o comboio partiu (para bem longe, sabíamos nós), as nossas mãos encheram-se de todo o nada que ali havia para as preencher.
O medo da distância estampava-se no rosto daqueles que, na sua inocência, se limitavam a ter medo do medo que poderiam vir a sentir. Na minha cabeça, ia-se desenhando a frase: “Quando a espera não tem fim, há distâncias sem perdão”.
Mais tarde entendi que a partida para a saudade era, todos os dias, não muito mais do que aquela serenidade do real: o único leme da liberdade que eu poderia ter. Aprendi que as pessoas não dizem o que sentem, ou não sentem o que dizem. Isto tudo porque, na verdade, a distância que ia do inspirar ao expirar do meu peito foi-se alargando com o tempo e tornou-se solta, leve.
Com o passar dos dias, a saudade foi-se embora. Apagaram-se as lágrimas, soltaram-se os risos, apertaram-se os gestos entre os inocentes. Eu, sem movimento e em silêncio, tentava que o elástico do meu peito não se alargasse. Uma espécie de vontade sem forma. Afinal, isso era negar quem sentia a minha falta para lá daquele silêncio.
Querendo ser livre, ia-se desvanecendo aquela presença, o ser que tudo o que tinha era o Amor, e a sombra da Liberdade, que nunca chegava a ter.
Ainda hoje o meu elástico tem o mesmo tamanho. Ainda hoje eu vivo da presença dele e da segurança que ele me faz alcançar.
Depois daquela viagem aprendi que ia ser livre, quando fosse capaz de dizer todos os dias “Gosto de ti”, com a mesma certeza com que o diria hoje.
Com um ritmo mecânico, quase acompassado, o peito abria e fechava, nem mais nem menos do que aquela distância. Perdurava em nós saudade, marcava-se o desassossego nos rostos que iam preenchendo aquela manhã.
Quando o comboio partiu (para bem longe, sabíamos nós), as nossas mãos encheram-se de todo o nada que ali havia para as preencher.
O medo da distância estampava-se no rosto daqueles que, na sua inocência, se limitavam a ter medo do medo que poderiam vir a sentir. Na minha cabeça, ia-se desenhando a frase: “Quando a espera não tem fim, há distâncias sem perdão”.
Mais tarde entendi que a partida para a saudade era, todos os dias, não muito mais do que aquela serenidade do real: o único leme da liberdade que eu poderia ter. Aprendi que as pessoas não dizem o que sentem, ou não sentem o que dizem. Isto tudo porque, na verdade, a distância que ia do inspirar ao expirar do meu peito foi-se alargando com o tempo e tornou-se solta, leve.
Com o passar dos dias, a saudade foi-se embora. Apagaram-se as lágrimas, soltaram-se os risos, apertaram-se os gestos entre os inocentes. Eu, sem movimento e em silêncio, tentava que o elástico do meu peito não se alargasse. Uma espécie de vontade sem forma. Afinal, isso era negar quem sentia a minha falta para lá daquele silêncio.
Querendo ser livre, ia-se desvanecendo aquela presença, o ser que tudo o que tinha era o Amor, e a sombra da Liberdade, que nunca chegava a ter.
Ainda hoje o meu elástico tem o mesmo tamanho. Ainda hoje eu vivo da presença dele e da segurança que ele me faz alcançar.
Depois daquela viagem aprendi que ia ser livre, quando fosse capaz de dizer todos os dias “Gosto de ti”, com a mesma certeza com que o diria hoje.
Tu
Isto é a continuação dos textos que ficaram em peopletalkingwithoutspeaking.blogspot.com, blog que eu apaguei por ser demasiado pessoal, e por muitas vezes, eu me sentir invadida pelo que escrevia lá mesmo sem pensar.
Hoje,
É daqueles dias em que te sinto mais perto, simplesmente porque tu não te podes aproximar mais, é daquelas alturas em que me apetece explodir tudo o que sinto por ti, apetece-me acabar com as expectativas, desamarrar o inesperado, rasgar o que está preso entre os dentes.
Porque hoje eu sou maior, porque hoje tu fizeste mais parte, porque hoje apetece-me estender a passadeira vermelha e pôr lá tudo o que sinto por ti, tropeçar no tapete e cair desamparada só para olhar de frente e poder dizer 'desculpa', é como agarrar os setimentos e deixá-los à flor da pele, porque no final disto tudo, somos todos boas pessoas quando amamos alguém, somos todos mais um bocadinho quando nos preenchem, e tu fá-lo de uma forma tão extraordinária qu me obrigas a dizer que Amo a forma perfeita que tens de ser imperfeito.
Volto logo, com mais por ti.
Hoje,
É daqueles dias em que te sinto mais perto, simplesmente porque tu não te podes aproximar mais, é daquelas alturas em que me apetece explodir tudo o que sinto por ti, apetece-me acabar com as expectativas, desamarrar o inesperado, rasgar o que está preso entre os dentes.
Porque hoje eu sou maior, porque hoje tu fizeste mais parte, porque hoje apetece-me estender a passadeira vermelha e pôr lá tudo o que sinto por ti, tropeçar no tapete e cair desamparada só para olhar de frente e poder dizer 'desculpa', é como agarrar os setimentos e deixá-los à flor da pele, porque no final disto tudo, somos todos boas pessoas quando amamos alguém, somos todos mais um bocadinho quando nos preenchem, e tu fá-lo de uma forma tão extraordinária qu me obrigas a dizer que Amo a forma perfeita que tens de ser imperfeito.
Volto logo, com mais por ti.
Inspiração
Eras já a inspiração daquela serenidade
Que me levavas a ter quando, limpo,
Tinha um papel à frente para escrever.
Embora tentasse, na maioria das vezes,
Escrever sobre a felicidade,
Voltava sempre ao mesmo, ao medo de te perder.
Enquanto isso, e todos os dias,
A tua capacidade de sonhar,
Era sempre muito maior do que o meu chão,
E então, embora eu acreditasse desmedidamente,
Caía sempre no mesmo, nesta ausência de admiração
Que, quase perdida de tão contente,
Me faz voltar à realidade, serena, sem sensação.
Nisto o mundo dá uma volta
E nós mudamos de lugar.
Como se sempre que os meus pés estão assentes na terra
Meçam a tua capacidade de sonhar
Mas eu não aguento e deixo-me ir depois.
E aí caímos os dois,
Sem fronteiras nem rede para nos apanhar,
Porque somos muito pouco mais do que isso,
Quando nos ajoelhamos à razão
E aguentamos para poder lutar.
Que me levavas a ter quando, limpo,
Tinha um papel à frente para escrever.
Embora tentasse, na maioria das vezes,
Escrever sobre a felicidade,
Voltava sempre ao mesmo, ao medo de te perder.
Enquanto isso, e todos os dias,
A tua capacidade de sonhar,
Era sempre muito maior do que o meu chão,
E então, embora eu acreditasse desmedidamente,
Caía sempre no mesmo, nesta ausência de admiração
Que, quase perdida de tão contente,
Me faz voltar à realidade, serena, sem sensação.
Nisto o mundo dá uma volta
E nós mudamos de lugar.
Como se sempre que os meus pés estão assentes na terra
Meçam a tua capacidade de sonhar
Mas eu não aguento e deixo-me ir depois.
E aí caímos os dois,
Sem fronteiras nem rede para nos apanhar,
Porque somos muito pouco mais do que isso,
Quando nos ajoelhamos à razão
E aguentamos para poder lutar.
E se eu te disser que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que, lá fora, o sol raiava um convite para um dia feliz, mesmo sabendo que havia tanto para fazer e tanto em que acreditar, e que mesmo o que fiz para evitar piores consequências foi a pensar no que sentia – E se eu te disser? Que me vais dizer se eu te disser que hoje não é um dia como os outros e que não tenho energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje me levantei devagar e sem vontade de nada, como vais reagir?
Vais dizer “anima-te” ou toma um anti-depressivo, ou vais-me dizer que há gente por aí a viver coisas muitos piores do que eu e vais-me dizer para um vestir algo leve, ouvir uma música animada até voltar a ser quem sempre fui, velha de guerra.
Vais fazer isto porque gostas de mim, ou porque simplesmente porque não toleras a tristeza: nem a minha, nem a tua, nem a de ninguém. A tristeza é considerada a variante anormal do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar ao primeiro sintoma.
A verdade é que eu hoje não acordei triste, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando estou triste, também está tudo normal. Porque a tristeza é um sentimento tão legítimo como a alegria, estar triste é estar atento a si próprio, desapontado com alguém, com muitos, ou consigo, cansado de repetições, descobrir-se frágil num dia qualquer sem nenhum tipo de razão – as razões têm essa mania de serem discretas.
É mais fácil saír para a rua, forçar um sorriso, dizer que está tudo bem, desamarrar a cara. É só porque a sociedade abraça a nossa euforia e desconfia de quem está sempre calado. Há dias em que não estamos para o hip-hop nem para o rock e não é por isso que devemos brindar sobre o que não faz sentido. Deixem-nos assim, porque “assim” é um armazém de força e de sabedoria e daqui a pouco a gente volta, a gente volta sempre, com um sorriso verdadeiro – anunciar de uma dor que acabou até ao próximo dia cinzento, normais que somos.
Isto tudo para te dizer que não há barreiras em ti que eu queira quebrar, não há nada que eu queira mais do que ver-te sorrir, por sorrir, porque hoje é um dia normal. Não necessito que não estejas bem para te dar um abraço, vou-to dar quando me apetecer. Não precisas de já ter contado comigo para saber que o podes fazer: tu sabes disso. E também sabes que o que existe entre duas pessoas é delas, e a sociedade que se dane, porque eles não sabem nada, não veêm nada, não sentem nada daquilo que eu sei em ti, mesmo que nunca me tenhas dito nada, simplesmente porque um dia ergui barreiras bem mais altas do que as tuas.
E sim, isto é metade teu; metade meu, porque metade das coisas eu sabia, a outra metade aprendi contigo, e o que resta das duas metades vou aprender quando destruir as minhas barreiras e vir que as tuas são bem mais pequenas do que aquilo que a minha vista alcança.
Vais dizer “anima-te” ou toma um anti-depressivo, ou vais-me dizer que há gente por aí a viver coisas muitos piores do que eu e vais-me dizer para um vestir algo leve, ouvir uma música animada até voltar a ser quem sempre fui, velha de guerra.
Vais fazer isto porque gostas de mim, ou porque simplesmente porque não toleras a tristeza: nem a minha, nem a tua, nem a de ninguém. A tristeza é considerada a variante anormal do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar ao primeiro sintoma.
A verdade é que eu hoje não acordei triste, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando estou triste, também está tudo normal. Porque a tristeza é um sentimento tão legítimo como a alegria, estar triste é estar atento a si próprio, desapontado com alguém, com muitos, ou consigo, cansado de repetições, descobrir-se frágil num dia qualquer sem nenhum tipo de razão – as razões têm essa mania de serem discretas.
É mais fácil saír para a rua, forçar um sorriso, dizer que está tudo bem, desamarrar a cara. É só porque a sociedade abraça a nossa euforia e desconfia de quem está sempre calado. Há dias em que não estamos para o hip-hop nem para o rock e não é por isso que devemos brindar sobre o que não faz sentido. Deixem-nos assim, porque “assim” é um armazém de força e de sabedoria e daqui a pouco a gente volta, a gente volta sempre, com um sorriso verdadeiro – anunciar de uma dor que acabou até ao próximo dia cinzento, normais que somos.
Isto tudo para te dizer que não há barreiras em ti que eu queira quebrar, não há nada que eu queira mais do que ver-te sorrir, por sorrir, porque hoje é um dia normal. Não necessito que não estejas bem para te dar um abraço, vou-to dar quando me apetecer. Não precisas de já ter contado comigo para saber que o podes fazer: tu sabes disso. E também sabes que o que existe entre duas pessoas é delas, e a sociedade que se dane, porque eles não sabem nada, não veêm nada, não sentem nada daquilo que eu sei em ti, mesmo que nunca me tenhas dito nada, simplesmente porque um dia ergui barreiras bem mais altas do que as tuas.
E sim, isto é metade teu; metade meu, porque metade das coisas eu sabia, a outra metade aprendi contigo, e o que resta das duas metades vou aprender quando destruir as minhas barreiras e vir que as tuas são bem mais pequenas do que aquilo que a minha vista alcança.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Hoje foi daqueles dias em que me apeteceu escrever. E pronto. Criar? Não. Está para além das minhas capacidades. Enquanto isso... Resisto e insisto. Este (Distância) foi um dos meus primeiros poemas. Digo sempre, e repito aqui, que cresço sempre que escrevo mais um.
Porque o mundo gira sob os meus pés e eu já não sei respirar. És sempre mais de mim do que eu.
Porque o mundo gira sob os meus pés e eu já não sei respirar. És sempre mais de mim do que eu.
Distância.
Havia aqueles dias em que eu respirava, leve
Outros em que me preenchias, levemente.
Andei.
Fechei os olhos e respirei, num sopro breve
E senti o futuro, senti o teu toque, lentamente.
Soltei.
E nada no mundo me fez recuar de verdade
Nada no mundo me pôde parar, porque na realidade
Ou noutro lugar qualquer,
A guerra
É um lugar estranho.
Mas por muito estranho que possa parecer,
É o silêncio dela que faz de mim quem sou
É a consequência, o risco de perder,
É o ressoar das armas que me agarra à vida
No fundo, este é o único lugar do mundo
Onde alguma vez senti pertencer.
Às vezes, na brincadeira com o tempo,
Andava às voltas a tentar fugir
Que é tudo o que ainda faço hoje.
Havia sempre algo mais para sentir
Mas o chão,
Já não tinha espaço para tudo o que foge.
Se alguma vez ganhei a guerra?
Ainda não.
Percorro sempre a dor que a razão encerra.
Envolvo horizontes para lá do meu céu,
Mas a minha grande barreira foi sempre
Teres sido mais de mim do que eu.
Outros em que me preenchias, levemente.
Andei.
Fechei os olhos e respirei, num sopro breve
E senti o futuro, senti o teu toque, lentamente.
Soltei.
E nada no mundo me fez recuar de verdade
Nada no mundo me pôde parar, porque na realidade
Ou noutro lugar qualquer,
A guerra
É um lugar estranho.
Mas por muito estranho que possa parecer,
É o silêncio dela que faz de mim quem sou
É a consequência, o risco de perder,
É o ressoar das armas que me agarra à vida
No fundo, este é o único lugar do mundo
Onde alguma vez senti pertencer.
Às vezes, na brincadeira com o tempo,
Andava às voltas a tentar fugir
Que é tudo o que ainda faço hoje.
Havia sempre algo mais para sentir
Mas o chão,
Já não tinha espaço para tudo o que foge.
Se alguma vez ganhei a guerra?
Ainda não.
Percorro sempre a dor que a razão encerra.
Envolvo horizontes para lá do meu céu,
Mas a minha grande barreira foi sempre
Teres sido mais de mim do que eu.
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