segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ser

Sou assim de nascença. Fadista pela alma, escritora por paixão. Não fadista nem escritora. Vivo o fado e a escrita. Viva, por isso, incansável. Às vezes nem tanto. Constantemente inconstante. Não gosto de miséria, para quê meias verdades se elas podem ser inteiras? Não recuso um banho de chuva, e asseguro as consequências no dia seguinte, como em tudo o que faço. As minhas unhas crescem sempre, via de inconsciência, e a minha ansiedade nem sempre pode ser controlada. Sou mais flor do que espinho. Gosto do girassol, mas nas voltas da vida acabo por preferir as rosas. Lírios? Às vezes soam-me tristes demais. O meu coração é para poucos, mas de muitos. O meu orgulho regenera-se, o que não me impede de ter cicatrizes. Tudo em mim dói mais. Mas as minhas alegrias também são muito maiores, ainda que efémeras. Tudo passa. Eu fico. Sou fútil. Sensível. Irremediável. Além das coisas todas, Sou parte de ti.

E é a resposta à pergunta das flores.
Bem depois de me deixar cair na consciência livre do peso de quem Sou. 

Gosto de Ti.
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