terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Guerra.

Havia aqueles dias em que eu respirava, leve
Outros em que me preenchias, levemente.
Andei.
Fechei os olhos e respirei, num sopro breve
E senti o futuro, senti o teu toque, lentamente.
Soltei.
E nada no mundo me fez recuar de verdade
Nada no mundo me pôde parar, porque na realidade
Ou noutro lugar qualquer,
A guerra
É um lugar estranho.
Mas por muito estranho que possa parecer,
É o silêncio dela que faz de mim quem sou
É a consequência, o risco de perder,
É o ressoar das armas que me agarra à vida
No fundo, este é o único lugar do mundo
Onde alguma vez senti pertencer.
Às vezes, na brincadeira com o tempo,
Andava às voltas a tentar fugir
Que é tudo o que ainda faço hoje.
Havia sempre algo mais para sentir
Mas o chão,
Já não tinha espaço para tudo o que foge.
Se alguma vez ganhei a guerra?
Ainda não.
Percorro sempre a dor que a razão encerra.
Envolvo horizontes para lá do meu céu,
Mas a minha grande barreira foi sempre
Teres sido mais de mim do que eu.

E bom, há quem perceba este. Volto Logo.

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