quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Já o disse em Hiroshima Mon Amour: o que conta não é a manifestação do desejo, da tentativa amorosa. O que conta é o inferno da história única. Nada a substitui, nem uma segunda história. Nem a mentira. Nada. Quanto mais a provocamos, mais ela foge. Amar é amar alguém. Não há um múltiplo da vida que possa ser vivido. Todas as primeiras histórias de amor se quebram e depois é essa história que transportamos para as outras histórias. Quando se viveu um amor com alguém, fica-se marcado para sempre e depois transporta-se essa história de pessoa a pessoa. Nunca nos separamos dele.

Não podemos evitar a unicidade, a fidelidade, como se fôssemos, só nós, o nosso próprio cosmo. Amar toda a gente, como proclamam algumas pessoas e os cristãos, é embuste. Essas coisas não passam de mentiras. Só se ama uma pessoa de cada vez. Nunca duas ao mesmo tempo.

 
Marguerite Duras


Isto é mesmo o que eu penso acerca do amor.
Amar é Amar Alguém.

Hoje és em mim uma unicidade, uma fidelidade, um cosmo. Não amo toda a gente, amo-te a ti.
E sim, isto é uma declaração. @ Porque tu mereces.
E porque, depois de tanto tempo a falar sobre coisas que me magoaram no passado, preciso de as deixar para trás. E nada melhor do que uma coisa tão perfeita como o que tenho contigo para o fazer. Nada melhor do que um texto destes, para clarificar e abrir horizontes, e para eu arrastar, serenamente, esta ideia que perpetua em mim - adoro-te.

Não sou livre.


Não é suposto o amor fazer-nos felizes. É suposto nós sermos felizes com o amor. O teu, não me faz feliz por existir. Faz-me feliz a forma como o usas para me fazeres sorrir. Faz-me feliz pela forma como faz com que tu digas "gosto de ti".

Faz-me feliz porque eu espero constantemente por aqueles momentos que dedicas a atirar-me para a realidade de uma forma tão serena que eu juro não ser real.


Amo a forma perfeita de seres imperfeito. Por essa razão falo tantas vezes em perfeição.

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