Noites? Nem sempre são longas
Sentada à espera,
Mãos no tempo do relógio,
Oscila o vento, temperado
Que quase largo se vai,
E o sorriso sai do rosto
Cansado de ser amado,
Às vezes paraíso posto,
Longo, pesado.
Sombra de ser, alma entre a gente,
Vai-se a lua embora
Venho-me eu da noite, que não sou diferente...
E meu amor, trago-te no peito,
Como a lua que na hora
Foi e não voltou...
E o vento sempre volta, passado perfeito
E nós somos noite escura, noite longa
Sorriso que cai no lado da chuva que sobrou.
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